segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

BANALIZAÇÃO DA VIDA


  
   Era dia 10 de dezembro, às 4 am como dizem os americanos. Ana estava dormindo. Joana, como de costume, acabava de acordar para ir vender café na porta da estação de metrô. Carlos estava esquentando o motor do seu taxi. Rubens, com o fogo que tinha, estava liberando seus espermatozóides. Carlos, como tinha vida boa, ainda estava dormindo, e não iria acordar tão cedo, já que não tinha que trabalhar e vivia as custas do seus pais; Na verdade ele estava pouco se importando com isso. Era neste momento que Margarida estava acordando os filhos para ir para a escola, já que moravam muito longe do local dos estudos e ela desejava que seus filhos tivessem um bom futuro. Todos tinham uma vida muito parecida, exceto pelo fato de que hoje eles ouviram, todos ao mesmo tempo,  dois homens gritando. Um dizia ao outro: eu não tenho dinheiro! E o outro respondia: Isso não me interessa! Uma pergunta foi feita: Quer subir ou quer descer? A resposta não vinha. Uma gritaria que não deixava ninguém dormir se estendeu por aqueles minutos, tempo suficiente para que a vida de alguns pudesse ser mudada por algum motivo, ou não. Não se entendia mais nada. Não parecia mais o nosso bom português. Uma barafunda havia se estabelecido ali e dentro das casas. O barulho das falações estavam incomodando a todos, invadido cada cômodo, entrando em cada ouvido, mudando ali alguns momentos da vida de algumas pessoas que nada tinham a ver com aquilo, ou tinham. Do nada ouviu-se um barulho que se assemelhava a um tiro. Ana voltava a dormir. Joana, como de costume, agora se preparava para ir vender café na porta da estação de metrô. Carlos continuava esquentando o motor do seu taxi. Rubens, com o fogo que tinha, agora estava saciado. Carlos, como tinha vida boa, voltava a dormir, e não iria acordar tão cedo, ainda mais agora que seu sono fora interrompido, já que não tinha que trabalhar e vivia as custas do seus pais; Na verdade ele estava pouco se importando com isso mesmo. Era neste momento que Margarida acordou os filhos para ir para a escola, e direcionava todos para a mesa do café, tinham que correr, já que moravam muito longe da escola e ela desejava que teus filhos tivessem um bom futuro. Tudo voltava ao normal como qualquer outro dia. Na verdade todos desejaram que o menino tomasse logo aquele tiro para que tudo voltasse ao silêncio de antes, para que todos pudessem retornar as suas vidas normalmente, retornar a sua velha rotina. Nada de polícia, nenhum telefonema, nenhuma mãe desesperada, talvez em algum lugar da cidade, mas não naquele bairro e daquela periferia. Tudo continuou como antes.
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Na volta pra casa, depois de um dia exaustivo como todos os outros, havia um desenho de um corpo no chão. Mas ninguém parou para ver. O dia estava muito quente e cansativo para olhar para detalhes.

Não havia nada com o que se preocupar!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

HOJE FUI ASSALTADO


Por Marcel Moreno

          Estava eu sentado em um banco de praça comendo um chocolate. Coloquei  o alimento de lado para me concentrar em um livro. Estava um dia quente e particularmente chato. Uma pomba se aproximou. Olhou para mim como quem não quer nada e emitiu o som que todos eles emitem sem nem saber porque. - Gru gru gru. Eu concentrado no meu livro não dei a mínima par a fome da pomba como se a fome e a vida alheia não fossem um problema meu e nem fizesse parte do meu cotidiano. Ficamos ali desta forma por alguns minutos, e eu distraído, quando de um salto, um lance, a pomba deu uma bicada violenta e agarrou o chocolate. Eu que não iria deixar barato, agarrei do outro lado do doce, em uma tentativa dramática de resgatar o meu bem, o meu alimento. Assim travamos uma batalha, uma briga corporal quase como um cabo-de-guerra, no qual eu lutava bravamente pelo que era meu e ela lutava pelo seu intento. Eu gritava para ela soltar e que ela me devolvesse, que aquilo que ela estava fazendo era roubo, totalmente contra a lei. Ela argumentava que eu deveria ajudar quem mais precisava, que aquilo não poderia ser roubo, visto que ela estava agindo com o coração, que certamente poderia ter mais, que eu provavelmente já deveria ter mais. Entre troca de olhares raivosos e com medo, com corações acelerados e sangue correndo como carros em uma grande avenida, ela foi mais forte - não sei porque mas foi - ela arrancou o chocolate das minhas mãos. Logo que soltei, o chocolate voou pelos ares, e ao cair, se espalhou em segundos. Várias outras pombas apareceram e surrupiaram tudo o que conseguiram. Em meio a sentimentos de ódio, medo e impotência, chamei a polícia. Ela por sua vez pôs-se a chorar e a se perguntando se era crime roubar para alimentar seus filhos. Se a prisão então seria seu castigo por essa investida, investida de uma mãe desesperada, que vê seu filho doente, chorando por sua única vontade, vontade que o faria talvez alcançar a única felicidade que ele teria na vida, já que poderia não chegar a fase adulta. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CORPO E CABEÇA

               Corpo e Cabeça eram dois amigos inseparáveis. Fizeram tudo juntos na infância. Claro que cada um tinha suas aptidões e tinham gostos e ações diferentes, mas ambos conviviam bem contiguamente. O tempo foi passando, e com eles novos desafios, momentos, sensações, mas as idéias já não eram tão concomitantes e os dois começaram seus desentendimentos. Primeiro porque Corpo queria fazer coisas que Cabeça não concordava, e sabia que aquilo poderia fazer mal a Corpo, mas este não se importava, era como se não pensasse. Já Cabeça queria se dedicar as suas coisas e acabava deixando as vontades de Corpo de lado, em prol do seu egoísmo. Segundo porque Cabeça pensava demais e Corpo agia com a razão. Desta forma quase não havia entendimento entre os dois. Um queria e o outro não. Quase como marido e mulher. Mas uma coisa era certa: Cabeça cuidava do Corpo como ninguém e Corpo a retribuía com bons presentes alimentícios, e concordava em ficar parado um pouco enquanto Cabeça se exercitava, apesar de Corpo só pensar em boemia. Certa vez em uma das festas que Corpo adorava ir, se apaixonaram por uma pessoa. Isso não seria bom, já que com interesses diferentes, queriam mais do novo amor para si, inibindo que o outro pudesse aproveitar um pouco mais desta nova situação causando rusgas entre eles. Enquanto Corpo seduzia seu amor por suas lindas formas (quem não eram nada lindas, mas que se aproximava de um padrão criado pela mídia), Cabeça tentava impressionar com sua inteligência. Apesar das contendas vencidas por Cabeça para decidir quem seria melhor opção, quem atraia mais era Corpo, pois a inteligência de Cabeça não era entendida pela outra parte, e as vezes até a afastava. Uma vez que estes dois eram unidos, com Cabeça ficando cada vez mais afastado, Corpo já não se empenhava tanto no novo relacionamento, e sabendo da opção de Cabeça, não mais ficava excitado pelo amor depois da terceira experiência. E foi assim todo o tempo, com todas as pessoas. Enquanto Corpo saciava suas vontades, Cabeça se contentava com sonhos úmidos que satisfaziam um pouco o corpo. A busca contínua de Cabeça e Corpo por alguém que possa corresponder aos anseios dos dois perdurou por algum tempo. Na verdade quem mandava na situação era Cabeça. Corpo saiu atraindo tudo que podia, mas Cabeça era quem no final escolhia de verdade. As vontades de Corpo passavam com seus relacionamentos no nível três, mas Cabeça nunca encontrara alguém que combinasse pelo menos um pouco com seus pensamentos, chegando a achar que ficaria só para sempre. Corpo uma hora ou outra achava “alguéns”, mas Cabeça ficaria para sempre sozinha. Eis que um dia algo inusitado aconteceu! Corpo conheceu outro Corpo. E Cabeça conheceu outra Cabeça, assim de forma apióide, como se o acaso estivesse ali presente para unir algo semelhante e ao mesmo tempo diferente - e na verdade ele estava. Mesmo com toda a química gerada por Corpo, foi Cabeça seduzida. No momento que corpo deveria atuar, foi Cabeça que geriu todo o processo, mostrando quem realmente era e como gostava de estar ali, trocando idéias. Corpos se davam muito bem, com momentos marcantes e quebras de paradigmas. Cabeças se entendiam cada vez mais, e conhecendo coisas fora do seu horizonte de visão, ficou encantada com tudo que ia aprendendo. Corpos já não faziam mais diferença para a paixão, uma vez que satisfaziam (não menos importantes( suas vontades fisiológicas, já que Cabeças, com suas inteligências e conhecimentos, eram o verdadeiro motivo da paixão avassaladora.        

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CAPACIDADE X QUALIDADE

                 Sempre ouvimos algumas coisas do senso comum que nos faz pensar se estamos certos e se vale a pena passar a frente, como por exemplo, de que todos nós somos iguais, ninguém é melhor que ninguém, morreremos e iremos para o mesmo lugar, entre outras bobagens que só fazem assolar e diminuir o homem enquanto ser pensante. Entre o ser humano ser melhor do que o outro e ambos terem capacidades iguais há uma grande lacuna, que para os preguiçosos, é melhor acreditar que todos são iguais de fato e assim evitam a fadiga. Pois bem. Desculpe. Mas esta não é a realidade. Se a sua religião diz isso está errada. Se você acredita nisto está errado. Todos os homens são dotados da mesma racionalidade, com possibilidades idênticas de realizar determinadas tarefas independentemente da raça, sexo, etc. Todos nós temos o poder da fala e da comunicação. Somos diferenciados dos outros mamíferos pelo polegar opositor que nos possibilita muitas coisas e um cérebro altamente desenvolvido. Podemos amar, viver, aprender, compartilhar, se organizar e seguir regras. Isso porque temos capacidades iguais. Podemos fazer tudo que o outro faz. Mas há diferenças entre nós quando nos referimos à qualidade. Uns são melhores que outros. E são sim! Isso porque alguns se esforçam mais, se dedicam mais, se pronunciam mais, se arriscam mais, e isso faz deles melhores que outros. Há uma lacuna enorme entre ser melhor e ter as mesmas capacidades. Todos podem, basta querer. Se você se esforçou, batalhou, se dedicou, você é sim melhor e isso não é nenhum pecado ou algum ato descabido. Se você, apesar das mesmas capacidades, não fez nada disso, não fique chateado se por acaso não for melhor em nada. Já dizia a velha frase: “O homem é feito das tuas ações e não das tuas palavras”. É a vida, é a vida!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

POR QUE ME ABANDONASTE!?

                  - Hoje eu estou aqui. Vivendo como se fosse o último dia. E é! Eu sinto isso. Tantos momentos vividos. E tantos outros sobrevividos. Lembra quando nóis ia para a escola? Era tão legal. Tão emocionante! E os momentos La dentro? Corria, brincava, me emocionava ... tantas oportunidades.
                - Mas nem tudo na vida são rosas não é mesmo? É correria. Quem me puniu quando eu afanei meu primeiro relógio? Mão leve. Eu tinha talento. Quem me disse que era errado? E a coisa foi continuando. A coisa foi aumentando de nível. Foi chegando a patamares que valores de R$ 100,00 R$ 200,00 não eram mais suficientes. Eu queria mais! Até ensinava os meninos da rua a transar para ganhar dinheiro. E o povo sofreu na minha mão!
                - Mas você até que gostava! A se gostava! Eu chegava da favela com os “brinquedo” e você recolhia. Quanto mesmo que lucro com aquele relógio de bancana que roubei daquele playboy? Playboy de merda. Para ele não fez nenhuma falta, mas para a sua ganância ... deve ter ganhado um dinheiro bom. Eu sei disso. Disse que ia devolver para a mãe dele mas que nada. To ligado na sua. Você vendeu. É! E quantos filhos de bacana eu matei porque não tinham o dinheiro pára me pagar. E iria ficar como? Sair do meu bolso?
                - Tinha momentos na minha vida que eu era escorraçado por todos. Era pelo cobrado que não deixava eu passar por baixo da roleta. Corno de merda! Aquele sim merecia umas boas porradas. Eu era tão pequeno nem sabia me defender. E nem sabia roubar. Até o dia que a gente se trombo de novo. Foram 4 tiros na cara. Família? Que família? A minha era uma merda mesmo. E o assalto ao mercadinho? Aquele! Lá em Diadema? Liderei tudo. Dei mesmo o tiro no safado. Ele ficou com frescura. Passei ele na bala. A mulher dele nem tem do que reclamar. Ficou dois filhos e um mercado só para ela. Eu é que peguei cana. Dias difíceis. Eu já tinha sido preso. Mas desta vez foi pior. Eu era branco, loirinho, e os nego não perdoava. Tive que ser mão de cela. Maior humilhação. Matei 5 mas não dava para matar todo mundo.
                Por que não me repreendeu quando teve tempo? Por que não falou nada? Por que me apoiou em tudo? E agora a culpa é minha? Eu vou pagar sozinho né? Agora to aqui! Só tenho mais 1 dia de vida. Para de chorar porra! Agora não adianta mais. O que tinha que fazer você já fez. Ganhou muito dinheiro com o meu tráfico. Ganhou muito dinheiro com os meu roubo! Por que você deixou tudo isso acontecer? MÃE POR QUE ME ABANDONASTE!?

domingo, 6 de novembro de 2011

PODER DE ESCOLHA

Escolher nunca foi e nunca será fácil, isso porque quando escolhemos algo temos 50% de chance de dar certo ou dar errado. Mas se nos abstivermos de escolher os rumos das nossas vidas não chegaremos a lugar algum, ou pior, corremos o risco de morrermos a míngua. Uns escolhem uma vida brilhante, outros escolhem uma vida boa. Alguns acreditam que é melhor deixar os outros escolherem para si o que é garantido a ele poder fazer por sí mesmo, ou mesmo deixar a religião escolher seus caminhos. Às vezes a escolha que fazemos não sai como desejamos. Outras vezes fica no capricho, ou ainda não dá em nada. Mas tem o povo da melancolia que escolhe ser triste, escolhe viver reclamando da vida,
escolhe o não opinar em nada que não seja do seu interesse, mesmo que este interfira em 100% na sua vida, escolhe sobretudo medir a felicidade dos outros. Antes de tomar uma decisão escolha qual o objetivo que quer alcançar. Verifique se é possível. Feito tudo isso faça suas escolhas baseadas no seu objetivo. Coloque como meta na sua vida ser feliz. A vida é muito curta. Às vezes acreditamos que ainda temos tempo, e que ainda temos anos, e que ainda temos uma vida, quando na verdade está tudo indo embora diante dos nossos olhos e quando nos damos conta já é tarde. Ame muito. Preste atenção em quem gosta de você. Tente ser bom quase todo o tempo do mundo. Se for verdade fale. Se você ama, gosta, quer bem - fale. Escolha tudo que possa trazer coisas boas. Não perca tempo escolhendo ficar triste, porque ela não perde tempo com você.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MAÇÃ DO AMOR

Uma cena certamente dilaceraria um coração como a que aconteceu e acontece todos os dias. Pelo menos as ruins. Certo de que encontrara alimente, o pobre homem resolveu pegar o suco do chão, mas como estava na presença de um outro, que não mendigo, resolveu ficar estacado ali, como que enleado e confuso na perplexidade que a ação exigia dentro de um arsenal de pensamentos e sentimentos dentro da cabeça do homem, somente para esperar que o outro homem fosse embora. Quando o transeunte foi-se, o mendigo resolveu continuar observando e se certificando que o homem nada percebesse – como se não fosse possível – e ele pudesse enfim finalizar seu intento. Mas aquela situação tocara o coração do viandante que se viu sem saída para a cena e tinha que tomar uma atitude. Sim. Porque no mesmo momento parou e percebeu que se tratava de um outro homem. De alguém que respira, tem sentimento e sente fome. Ele acreditando que era as suas ações e não somente seus pensamento, resolveu voltar e fazer com que aquele mal fosse sanado de certa forma, mesmo que de momento, não só e somente a fome, mas talvez sanar a gana do homem por misericórdia e conseguisse colocar um pouco de amor em um coração. Então como quem espera apenas um sorriso de agradecimento, deus 5 maçãs a aquele pobre homem, que se culpado ou não de seus atos infortúnios, era um produto da falta de compaixão do homem em geral e desprezo da sociedade. Ao passo que recebeu o tão esperado sorriso que encheria seu coração e sua alma de felicidade, continuou seu caminho. Voltando-se para trás novamente percebeu que o homem continuou imóvel somente contemplando o horizonte, que poderia ser um futuro esperançoso ou simplesmente o outro lado da rua. Perplexo com o que poderia passar na cabeça daquele homem, verificou que não era o bicho homem de Manuel bandeira, tão pouco o homem bicho, porque se todos nós somos iguais, um simples mamífero é capaz de amar o outro. Jamais poderíamos igualá-lo aos homens mais iguais que os outros. Seriam estes homens insetos? Homens amebas? Homens vírus? Não sei. Não sei se posso usar a palavra homem, porque homem algum deixaria outro homem a mercê da vida nas ruas, vivendo dos restos dos outros.

A EMINÊNCIA DA MORTE

O que faria se soubesse que tem poucos dias de vida? Que tem um câncer? O que faria se soubesse que algum parente querido tem poucos dias de vida? E se soubesse que não tem nada?
Já pensou quanto tempo desperdiçamos esperando o amanhã?
É como a história da mulher que tinha duas semanas de vida e a filha morreu atropelada no dia seguinte a noticia; Ou o fumante de 80 anos e o garoto de 5 que morreu com uma bala perdida.
Muitas pessoas esperam muito e se esquecem de viver. Vivem ou de passado ou de somente futuro, mas nunca vivem o presente. Muitas coisas acontecem na nossa vida. E acontecem agora. Muitas coisas boas e muitas coisas ruins. São elas que definem o que acontecerá no futuro. E lembre-se: São as grandes tempestades que limpam o ar.
Aproveite seu tempo. Faça coisas boas. O universo se encarrega de mandar o resto. Ame hoje. Goste hoje. Fale o quanto gosta hoje. O amanhã pode não existir e perderá grandes oportunidades. Nada na vida é certo. Percorremos vários caminhos. Mas eu tenho uma coisa que certa na vida de todos nós: Todos nós vamos morrer. Não sei dizer quando ou onde, mas vamos. Então, está esperando o que?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INSIGNIFICANCIA HUMANA

Como pode o ser humano! Somos partículas de átomo que formam cadeias. Estas que dão origem as células que estão em um balé perfeito da biologia fazendo mitoses, meioses e espermatozóides, e óvulos, que com ou sem amor geram um produto chamado vida. São pessoas comuns, com seus trejeitos. Manias. Histerias. Maluquices. Peculiaridades inatas e que possivelmente vão morrer com elas. Estamos todos em um processo de interação com outras pessoas, de conhecimento, de aprendizado. Vivemos dentro de um complexo de cidades formadas por casas, carros, governos, igrejas, corrupção, pessoas, regras, etiquetas, costumes. Temos a influência da pintura, do cinema, da música, das esculturas ....... de livros, críticos, pensadores. Vivemos neste processo onde cidades formando uma rede de cidades, formam estados e países. Somos classificados como povo, nação, ou não. São palavras que são escutadas todos os dias como OTAN, BRIC’s, ONU, MERCOSUL entre outras, que mais parecem nomes de temperos do nosso globo, das relações de países, dentro de um planeta, que outrora imaginado plano, mas que não é, dentro de um sistema solar, rodeado de galáxias anos luz daqui, com presença de cometas, satélites, planetas, galáxias, alfas 5, galáxias, etc. O que muito me fascina não são as pessoas que estudam tudo isso, são as pessoas que diante de tantas informações a serem estudadas acerca da nossa existência conseguem arrumar tempo para cuidar da vida dos outros. Como pode o ser humano?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VIDA DE CÃO

Gol!!!!!!!!!! Meu time ganhou!

É a felicidade no coração. É a água para pagar, a luz para economizar, é a família para sustentar.

É o trabalho para dar conta, é o filho que não se encontra, e a vida pára tonta, é o chefe para bater.

É o imposto para corroer, é a inflação tirando o merecer, é o suor que não para de escorrer, é o tempo para esquecer.

E na TV, é a propina para deputado, é a igreja que domina o rádio, é o filosofo que não se consegue entender, são assuntos que não vão morrer.

Na rua, é o conflito que vem se meter, é o protesto que combate, é a dor que arde, no cassetete do policial covarde, que bate sem saber o por quê. Por quê?

Na vida são os filhos para dar de comer, a educação que nem sei para que, nestes meus anos que também vivi sem saber por que.

E a família que critica sem saber, assuntos que nem sei viver, vida alheia que tem que se meter, ousadia essa que não posso dar o poder de fazer.

É a ignorância que mora no meu peito, que habita meu cérebro, que caminha pelas minhas veias, que não me deixa perceber.

Enquanto o mundo acaba, pessoas lutam por pão e água, a vida correr como um rio ávido, e eu aqui sem nem me mexer ....

É novamente ignorância, mãe de todas as antas, que me faz pensar que a esperança, mora dentro de um sentimento que às vezes sinto quando vejo a TV.

domingo, 16 de outubro de 2011

O Bicho - Manuel Bandeira

“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem”.

sábado, 15 de outubro de 2011

NÓS TEMOS A CURA

Começa assim. Uma classe de vampiros se torna dominante e passa a escravizar as classes humanas que não podem se defender. Eles descobrem que esta fraca classe é a única com poder de suprir a falta de energia ou mão-de-obra que eles precisam para poder colocar em prática seus planos que correspondem as suas características inatas como o egoísmo e ambição. A humanidade esta mudada e com ela todas as formas de acreditar no futuro do mundo. Agora como poderiam sobreviver, vivendo com a doença que causou esta anomalia sem precisar depender dos humanos? Criando maquinas? Sangues artificiais? Voltaremos a escravidão?
Como todas as formas de energia, mesmo as renováveis, elas tem um fim. Na verdade todas as formas de energia não vêm para suprir a necessidade de todos. Por isso acabam. São usadas sem raciocínio. Vem para suprir a necessidade de poucos. E estes poucos precisam de cada vez mais. Quando fabricamos biocombustível utilizando comida, deixamos a deriva milhões de pessoas mortas de fome pelo mundo. E segunda as estatísticas, as populações estão aumentando e a necessidade de novos combustíveis também; O que coloca em cheque a idéia de fabricar biocombustível usando milho. Como no filmes daybrakers, a saída para isso seria o extermínio destas pessoas que não podem se alimentar. Porque eles descobriram que “fazer de todos a sua imagem e semelhança” não foi a saída. Não na opinião deles.
Agora todos, que não podem usufruir dos privilégios mundanos como alimentação e segurança, se transformam em subespécies fora da lei. A súplica por comida e a forma desesperada de se conseguir o mínimo que se precisa para sobrevier é crime. Não é mais possível restando somente à dúvida do que é certo ou errado.
Mas tudo tem uma cura. E a cura foi encontrada. Mas para muitos ela não é bem vinda quiçá aceita. Primeiro porque vivemos no mundo que nos é apresentado. E é sempre muito difícil sair do nosso mundo para viver um mundo totalmente diferente daquele que idealizamos por toda uma vida como o real. Segundo porque cura significa fim e remédio significa negócio continuado. Lucro sem fim. Não é isso que as bolsas de valores esperam das corporações? E mesmo o mocinho que descobre as possibilidades de cura é capaz de passar por cima de seus valores em busca dos louros da conquista.
Por ultimo descobre-se que a cura para isso está na própria doença ora possuída pela classe dominante. E claro que eles não querem ser curados de algo que os coloca em um pedestal mesmo que isso custe à morte. E podemos perceber que a classe dominante se devora e se destrói todos os dias.
O filme com uma leitura correta e uma mente um pouco mais aberta, abre a sociedade e expõe suas principais características e doenças. O homem é sim por natureza egoísta, ambicioso e sem raciocínio. Mas na atualidade essas características estão à imagem e semelhança do câncer, características estas que chegam a ser desumanas e destrói a nos mesmos. Cabe a nós decidirmos se deixaremos nos destruir ou lutar contra. “Nós temos a cura. Podemos torná-lo humano de novo. Não é tarde demais”, frase do filmes Daybrakers.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A SAGA DO TELEMARKETING PARTE 1 – VERSÃO DO POSSÍVEL CLIENTE

Certo Sábado fui acordado às exatamente 07h07 por uma ligação, em meu celular, de alguém que queria me vender um cartão de crédito. Não deu para acreditar! Atendi me controlando para não despejar naquela pessoa toda a raiva que sentia naquele momento. Tentei me desvencilhar da ligação de várias maneiras, mas o real prazer daquele operador era me torturar e não me deixar retornar ao meu sono de Sábado de manhã (todos devem saber qual este tipo de sono).
Após uma enxurrada de argumentos nada convincentes como possibilidade de pagamento em até 40 dias, seguros que me protegem de perda ou roubo e até uma possível clonagem, parcelamento em milhões de parcelas e até um título de capitalização que poderia me ajudar a poupar muito dinheiro, ele continuou me fazendo perguntas como “por que o Sr. não quer? Parece tão bom! Se parece bom compre você!
Geralmente estas pessoas não sabem com quem estão falando e utilizam o vocabulário que bem entendem. Então entendam: eu não suporto que use gerúndio comigo como se estivessem falando bonito. Primeiro o que é falar bonito se não usar uma palavra diferente citando em uma belíssima frase de um dos mestres das palavras como Machado de Assis ou Clarice Lispector? Não há. Eles falavam bonito. Meros mortais como nós apenas usam palavras diferentes para se expressar, buscadas dentro de arcabouço de palavras que foram adquiridas de belíssimos livros escritos por estes mestres (isso quando alguém tem realmente o interesse de apreender algo buscando-as no dicionário). Opiniões subjetivas a parte, o fato é a falta de pessoa com o português correto nestes lugares. Não é difícil saber que nos dias de hoje é errado o uso do gerúndio como “vou estar Fazendo”, “vou estar enviando” ou o pior de todos “vou estar verificando”. Isso quando não ouvimos “Sr. eu não te ouvo” ou mesmo “tipo assim” e “talkei”. Vamos ter bom senso. Talkei não existe! O correto é “está ok” e essa resposta poderia ser adquirida no Google. Quantas vezes esquecemos como escrever ou falar algo e temos que buscar no pai dos burros como já dizia minha avó?
Outro ponto é: que tipo de profissionais de venda as companhias possuem hoje? Antigamente os profissionais eram treinados para entender a real necessidade do interlocutor antes de oferecer algum produto. Hoje os operadores de telemarketing não passam de pessoas-robôs que não conseguem ir além do que lêem na sua intranet. Se não me conhecem como poderiam me oferecer título de capitalização como se fosse um bom investimento? Nada disso me importa, a não ser que simpaticamente ela tivesse conversado um pouco comigo e tentado me conhecer – mas não às 07h07 da manhã de Sábado!
Todos os dias nossas vidas são invadidas por estas pessoas despreparadas e com um português péssimo para nos oferecer um produto que geralmente não nos interessam. Isso quando não ligam em horários inconvenientes e nos tratam mal, como se toda a culpa por ela ser obrigada a trabalhar neste tipo de lugar fosse nossa. Se eu realmente fosse algum representante de empresas que utilizam este tipo de terceirização jamais deixaria estes tipos de profissionais falarem com o meu cliente e não permitiria que ligassem as 07h07 da manhã de sábado e nem de nenhum dia da semana. Isso suja a imagem da empresa “talkei”?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

JUÍZES BARATOS

Julgamento. Todos nós nos achamos um pouco senhores do mundo e acabamos achando que podemos julgar alguém por algum ato ou decisão. E saímos julgando como a nosso bel-prazer. E quando você é o julgado, como fica nesta história? Será que isso acontece porque não nos fazemos entender direito ou porque o interlocutor não consegue ver além do que seu próprio cérebro é capaz de pensar?

A solução para isso, como para várias outras coisas, seria começar a humanidade de novo. E mesmo assim não teríamos a garantia de que nossos maravilhosos cérebros não se desviariam do padrão e começaría a pensar com o nosso próprio umbigo. Então a solução seria a empatia. Qual o problema de tentar se colocar no lugar do outro e tentar imaginar o porquê de tal ato ao invés de sair por ai julgando o outro? E o pior: Julga sem saber como a outra parte irá se sentir.

O fato é que em algum determinado momento passamos a pensar somente em nós mesmo. Esquecemos que outras pessoas também pensam, também tiram conclusões, também se sentem ofendidas ou até mesmo também julga o seu julgamento. Por que não ser empáticos? Antes de julgar tente entender a outra pessoa. Esse é passo para a evolução dos relacionamentos. A verdadeira amizade – não esquecendo que o amor nada mais é do que uma amizade evoluída quando dois corpos amigos verdadeiros passam a ser um só - passa pelo respeito e o entendimento dos valores intrínsecos de um determinado homem. Se é o julgado, cabe a você julgar se vale à pena expor seu verdadeiro eu ou deixar como está. Como já dizia meu poeta Caetano “Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é”. PS: A empatia é válida para qualquer situação da vida e não tem contraindicação.


Aos meus amigos Rodrigo Veríssimo e Luciana Souza.

MANIA DE CONTROLE

Ai essa mania de controle. Porque é que o ser humano quer porque quer controlar a vida de outras pessoas? Sejam eles parentes ou não, o fato de ter alguém tentando me controlar e me colocando dentro de um joguinho arquitetado para o bem ou para o mal me incomoda profundamente.
Às vezes precisamos nos soltarmos das amarras que a vida e os obstáculos nos impõem. É certo que às vezes precisamos sim de alguém para nos ajudar e tentar nos mostrar qual o caminho a seguir, mas não é correto o fato de alguém interferir na sua vida a ponto de não deixá-lo viver. Neste caso acredito que só o amor é possível de colocá-lo no caminho certo, mostrando-o o tal caminho. Se este não for o caso, erre mesmo! Mas erre bastante, porque a vida não é só feita de acertos. Acertos sem possibilidades de erros seriam uma forma de acomodação e de acovardar, onde tentarei somente acertar e se houver a possibilidade de erro, então não o farei.
O fato é que algumas pessoas até gostam de serem controladas, mas algumas poucas e diferenciadas, em determinados momentos sentem grandes desconfortos com o fato e partem para a agressão verbal. Claro que quando isso acontece o outro se sente ameaçado. É quase como por exemplo o homem que sempre faz o que a mulher quer – como ir na casa da sogra aos Domingos - e quando diz não, a mulher se sente ofendida e passa a acreditar que alguém mais possa estar abrindo a mente deste ser que até então era totalmente submisso; Ou o cara que a mãe controla e ele nada faz contra porque é a vontade da Mamãe. Cara! Acorda! Você têm 35 anos e ainda vive com seus pais!
Mas fazer o que? Nestes casos podemos optar por nos deixar controlar ou tentar seguir o nosso caminho. Eu sempre opto pela segunda opção. Somente há uma coisa na vida que pode controlar o ser humano – e a mim por completo - e este nada pode fazer contra: os sentimentos (no meu caso o amor).

sábado, 10 de setembro de 2011

ONDE ESTÁ O LIDER?

Nos dias de hoje somos bombardeados por matérias jornalísticas acerca dos problemas econômicos que assolam milhares de economias mundo afora e colocam em cheque a real idéia de blocos econômicos como a União Européia, unificando moedas, culturas, e até mesmo eliminação de barreiras terrestres. Outro ponto é o surgimento de grupos extremistas que em prol do nacionalismo e defesa dos direitos, acabam por assassinar milhares de pessoas. Um exemplo bem atual destas tragédias é o ataque a Noruega em Julho deste ano onde algumas pessoas morreram (Jornal Folha de São Paulo, 2011). Outra questão são as bolhas econômicas que estão aparecendo (digo aparecendo porque já existem há muito tempo) que por falha do capitalismo, da ganância e da falta de meios para a aplicação do capital excedente (digo por aplicação de forma errada) estamos caminhando para a criação de mais problemas e não para a solução. A própria Europa com a Inglaterra e França já passaram por estes problemas em meados dos anos de 1600, quando a especulação da bolsa de valores arrasou com suas economias, falindo cerca de 80% da empresas (VERSIGNASSI, 2011, p.86). Para resolver tudo isso, agora os estados devem se unir para tentar encontrar uma solução para a crise. Agora é que entra o ponto que eu gostaria de abordar que é a força dos Estados para solucionar problemas.
Há muito temos um Estados que se intitula Hegemônico para povos que se quer sabem a definição correta da palavra. De acordo com a definição de alguns sites da língua portuguesa podemos defini-la como supremacia ou domínio. Mas para relações internacionais, para um Estado ser forte e hegemônico ele precisa ter forças políticas, militares e econômicas. E vamos alem. A capacidade dos Estados estaria ligada a sua capacidade de resolver problemas que variaria sua posição em um ranking (WALTZ, 1979, p. 180). Mas não é isso que acontece. O SI atual credita poderes a alguns Estados porque simplesmente os julgam mais fortes ou mais fortes do que realmente são ou porque alguém tem mesmo que pagar a conta. Então, o grande Leviatã Estados Unidos estão resolvendo nossos problemas ou creditando mais problemas nas nossas contas? Com a guerra do Iraque, que não é segredo para ninguém que foi na busca por petróleo, que tudo se iniciou. Os Estados Unidos somou mais 10 trilhões de dólares a sua dívida publica somente entre o período dos anos 2000 a 2011 (Super Interessante, 2011, p. 69). Teremos uma próxima reunião do G7, onde o Canadá “tentará” convencer seus “companheiros” (porque em tempos de crise eles teimam em socializar as dívidas) a diminuir suas dívidas publicas com o intuito de melhorar suas contas e promover crescimento para suas economias, resolvendo problemas de gastos excessivos, honrarem seus pagamentos, gerar emprego e continuar com as suas políticas de bem estar social que há muito tempo foi instituído nos países europeus. Se todos se unem para resolver problemas, então qual é o papel do grande Estados todo poderoso o qual não poderíamos viver sem ele? Pois este é o ponto. Até que ponto os Estados unidos não vem perdendo espaço no SI, ou seja, até que ponto os Estados Unidos está perdendo hegemonia? Se para alguns ele ainda é o grande poderoso, para outros está cada dia mais ficando mais fraco e perdendo espaço para países que estão emergindo como a China. Eu poderia simplesmente usar de eufemismo e dizer que os outros Estados é que estão ficando mais fortes e mais influenciadores nas decisões mundiais. Mas os fatos estão ai para quem quiser ver. Economia dos Estado Unidos quebrada, ele optaram por não serem lideres das operações nas Terras do Kadafi, a maioria dos títulos públicos dos Estados - mais de 1 trilhão – estão nas mãos dos chineses – e acreditem se quiserem: o Brasil é o 4 maior país com investimento em títulos da dívida publica dos EUA, sendo o Japão o 2º e a Russia o 3º. Se o grande líder deveria ter poderem econômicos e políticos para liderar os outros países, já podemos perceber que o EUA já não é mais o mais forte, mas não devemos esquecer que eles são – e serão por um bom tempo – a grande potência bélica do planeta. Mas até que ponto ser uma potência bélica nos dias de hoje faz tanto efeito quando o assunto são países com um poder de influência forte? Claro que não podemos esquecer que os EUA também é uma potência política, mas em diversas situações não é fácil respeitar suas opiniões quando não conseguem nem controlar suas políticas internas (lembrando que o presidente Obama teve que quase implorar para que o teto da dívida publica dos Estados Unidos fosse aumentado). Se formos falar da força econômica devemos lembrar que esta força nos dias de hoje já não é mais moeda de troca. E também devemos recordar que junto com a superpotência que acabamos de falar, existem várias outras com poderes muito parecidos. Seria os Estados Unidos loucos a ponto de atacar o Brasil por conta do petróleo, ou a Rússia por conta do gás, ou mesmo a Europa por representar uma ameaça a sua liderança econômica, visto que o PIB da UE quase supera os dos EUA, ou a China para conseguirem escravos? Atacar países fracos é fácil, bem fácil. Mas acredito que para convencer outros países a seguirem suas idéias, vão precisar de mais do que ser um poderoso em armamentos de guerra. “Um país torna-se uma superpotência se o tratarmos como tal” (WALTZ, 1979, p. 181). E no momento os países estão se voltando para políticas internas.



Jornal folha de São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mundo/948055-bomba-atinge-noruega-relembre-outros-ataques-a-europa.shtml. Acesso em: 09 Set 2011.
VERSIGNASSI, Alexandre. De Bolha em Bolha. Você S/A, São Paulo, Edição 159, p. 86-87. Set 2011.
11 de setembro 10 anos depois. Super interessante, São Paulo, Edição 295, p. 68-76. Set 2011.
WALTZ, Kenneth N. Teoria das Relações internacionais. Causas estruturais e efeitos econômicos. Trad. Maria Luiza Felgueiras Gayo. Lisboa: Gradiva, 339p.

domingo, 21 de agosto de 2011

MULTAS NUNCA MAIS!!!

Hoje me ocorreu uma coisa engraçada e ao mesmo tempo espantosa. Aqui no Canadá – mais precisamente na cidade de Toronto - a preferência é o pedestre nas ruas e as multas aplicadas aqui são realmente muito pesadas. E não pense você que as pessoas discordam disto. Muito pelo contrário. São extremamente a favor do que ocorre e todos respeitam. Quando me lembro do que escutei dos moradores da cidade que amo, é justamente ao contrário. O grande argumento é que multa na cidade de São Paulo virou uma industria para arrecadar dinheiro – argumento este sustentado por grandes mídias jornalísticas.
E como eu poderia discordar disto. Todo ano são aplicadas multas e o montante superou 473 milhões de Reais em 2009. Isso mostra que realmente é lucrativo este negócio. Claro, se há demanda de pessoas por multas, por que não multá-las? Elas estão pedindo! Quantos acidentes acontecem por dia na cidade de São Paulo? Quantos por imprudência do motorista que usa o carro como uma ferramenta de auto-afirmação? E ainda assim reclamam das multas. Sempre que mexe no nosso bolso ficamos indignados. Afinal, quanto nós já pagamos para o governo em forma de imposto e quanto já sumiu na corrupção de políticos que nós mesmos elegemos? Mas a pauta de hoje são as multas e não a corrupção. É inaceitável que a prefeitura use disto para arrecadar mais e mais dinheiro as nossas custas. Então o que devemos fazer para contornar a situação?
Eu proponho uma mudança de rotina. Vamos nos unir e não vamos mais desrespeitar as leis de trânsito. É serio! Assim não tomaremos mais multa e não vamos mais encher os cofres da prefeitura com o nosso dinheiro suado. Vamos fazer correto todos os dias. Não vamos mais passar no sinal vermelho e arriscar a vida de pedestres; Não vamos mais dirigir com velocidade acima do permitido e arriscar nossa vida e a de outro motorista que pode estar respeitando as leis; Vamos usar o cinto de segurança; Não vamos mais falar ao celular enquanto dirigimos. São medidas simples que se a gente colocar em prática, nós vamos acabar com a indústria de multas na nossa cidade. Vamos mostrar quem está no poder e quem pode mudar a situação. “Pour la rue”!


Fonte: http://www.noticiasautomotivas.com.br/industria-das-multas-em-sao-paulo-arrecada-473-milhoes-de-reais-em-2009/

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ALUGA-SE UM CONTRATO SOCIAL

É agora EUA. Essa é a hora! A decisão está na mão do poder legislativo. Sim!!! Dos representantes do povo! Então agora é questão de tempo até que tudo se acerte. Mas o que? Não é assim tão fácil? Como assim? Claro! Eles são representantes do povo que representam seus próprios interesses. E por que desperdiçar uma oportunidade dessas. Agora é a hora de colocar a frente interesses partidários, próprios, aproveitar para fazer aquele lobby, tentar receber vantagens pessoais ... e claro, colocar em cheque o presidente da nação. Afinal, eles são mais iguais que outros, como já dizia nosso George Orwel. Mas e o povo? Quem? Eles são muitos. Na verdade nem sei direito quais são os seus interesses e onde estão. E se a economia não recuperar por conta disto? Bom ai é problema do presidente. Ele tem que tomar alguma atitude para resolver isso.
Essa é a realidade. A dívida publica dos EUA alcançando patamares elevadíssimos. Alem disto, emissões de bilhões de dólares são efetuados para tentar incentivar o crescimento da maior economia do mundo, sem se preocupar em prejudicar várias economias como Brasil e Japão. Mas o que eles podem fazer não é verdade? E enquanto eles brincam de deus soberano da economia, pessoas morrem de fome, gerações de jovens são deterioradas sem trabalho, perspectiva de futuro e possibilidades. E por conta destas atitudes, os mais ricos ficam ricos. Simples. Buscam investir dinheiro em países onde o retorno será maior. E que se dane a democracia. Democracia e dinheiro em jogo e em risco. Não foi assim com a estatização dos bancos privados dos EUA? Enquanto o banco tomava a casa das pessoas deixando-as na rua, o governo dava o dinheiro publico para salvar empresas e lucros de muitos banqueiros. Mas os bancos não são importantes? Sim claro. Mas o interesse maior vem do povo, mas em uma economia capitalista ferrenha não há pessoas e sim unidades. Sempre foi assim e, parece, que nunca mudará. Nunca vão entender como funciona o capitalismo e suas ideologias, por isso continuarão a sofrer com uma crise que eles mesmos criaram e acabarão por levar o globo com eles. Será? Porque o que uma hora era ruim, comunista, pobre, imundo e ultrapassado, hoje estão entre as maiores economias do mundo. Mas até quando?
São muitas as perguntas e poucas respostas. A sim, a resposta é lucro. Já há pesquisas que mostram que os lucros nunca foram menores desde o fim da 2ª guerra mundial. E o que se diz do comercio internacional? De tudo que foi estudado? O comercio internacional, hoje que consegue chegar perto do que era antes da 1ª guerra mundial. Qual o atual contrato social? Qual contrato? Verdade!!! Ninguém é perfeito. É aquele que você assinou transferindo seu poder de decisão a um órgão maior. Decisão está que outrora previa a segurança do privado e direito a propriedade. Mas e agora? Qual será o contrato social da população atual? Quais seus interesses? Está na hora de mostrarmos o que realmente queremos. O porquê que os elegemos. Mas não adianta esperar que eles escrevam o contrato e nós o assinemos nem ao menos ler o que está escrito. O povo deve escrever o contrato e exigir que se cumpram as clausulas. Outra possibilidade seria o retorno a barbárie. Assim a confecção de um novo contrato seria mais do que necessário, seria uma forma de estabilizar a situação do povo e dar ao povo o que é do povo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Bicho - Manuel Bandeira

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

terça-feira, 5 de julho de 2011

PROCON DOS RELACIONAMENTOS

Bom dia, posso ajudar? ................................................

Certo! Mas antes preciso fazer algumas considerações para que você tenha certeza da reclamação que quer registrar. Primeiro é importantíssimo que você saiba o que você realmente quer. Avalie que tipo de produto você esta disposto a comprar, se é realmente necessário e se ele vai te agregar algo.

É extremamente importante que você tenha lido bem o manual de instrução.
- Hã, não veio?

É, realmente nestes casos não temos leis específicas que obrigue que o produto venha com o manual. Então faça avaliações. Mas não faça de inicio, vai conhecendo, o produto vai melhorando com o tempo. Consultar opiniões alheias pode ajudar, mas só você sabe o que quer, o que passa no coração, suas necessidades, suas expectativas. Algumas opiniões podem prejudicar o bom uso do produto. O ideal é ir usando aos poucos. Opinião familiar também pode ser usada, mas algumas podem ser conservadoras - ou superprotetoras - e isto também prejudica o bom andamento dos processos.

Algumas pessoas gostam de sair usando tudo. Isso mesmo. Tudo. Pega, usa, “desusa”, gosta, atrai, distrai, diverti, não gosta, só prova, não pergunta o nome .... Em fim, realmente precisa saber o que realmente quer para saber o que adquirir.
Levar para casa pode deixar que o processo fique serio. Então pense antes de fazer este tipo de uso. Se for sua casa, se certifique de que não haverá problema se o produto for ficando com o tempo. Se for para a casa dos seus pais, veja se isso não prejudicará o funcionamento do produto. Às vezes o produto some e você nem vê.

- Se tem garantia?
- Não, a garantia é formada pelo Tempo. Na verdade com o Tempo você percebe se é bom ou não. É igual eletrodoméstico, com o passar dos anos vai aparecer algo. A gente faz um ajustinho aqui, outro ali .... Você pode até esperar até a copa de 2014.

Use o Sr. Tempo para ajudá-la neste processo de mudança. Ele é ótimo para ajudar a entender o produto, cura algumas dores de cabeça que poderão surgir, traz momentos inesquecíveis. Se isso não der certo, confira com ele os registros de uso - ele é ótimo nisso - para verificar se ainda vale a pena continuar com a aquisição ou se é melhor comprar outro.

- Tudo bem. Mesmo assim não quer? Tudo bem! Registrarei então sua reclamação.
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- Você não é a mesma da reclamação 1125479213123565798132123123154 ... 687?
- Infelizmente não podemos aceitar a devolução. Apesar de não haver leis específicas para isso, uma vez que você rompe o processo de maturação do produto e recomeça de onde parou, você já sabia que este produto era usado e que apresentava alguns defeitos. Ele promete ... Mas não muda. Todos os defeitos são inatos ao produto.

- O Tempo não ajudou? Como o Tempo não ajudou? Não ajudou a mudar?
Meu ser, o Tempo ajuda a entender e registrar. Ele não muda o produto.

Tente conversar! Às vezes o produto entende e tudo se resolve. Aproveite os momentos bons. Crie momentos bons! A vida é muito curta. Nenhum produto é perfeito, nem mesmo você. Os produtos são mais que complementos, junções, agregações, metade. É mais! E ai outra pessoa pode te ajudar. É o Sr. Coração. Ele é um pouco maluco, mas é gente boa. Cuidado com a Razão, quando entra em conflito com o Coração é problema. Bom, mas se isso não resolver, venda ou doe, porque não posso aceitar devoluções, somente desabafos. Desculpe!
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Você me chamou do que? De Encu o quê? Pois fique você sabendo que sou um ser angelical. Não é porque meu nome começa com C...... bom, deixa para La!
Próximoooooooooooo!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

EU - interior - Im@G3M

Como nós realmente somos? Engraçado como muitas vezes nos olhamos em fotografias e vemos uma imagem que parece diferente do que vemos habitualmente no espelho. E como saber que imagem as pessoas tem de nós? Para mim isso tem uma receita muito simples. Somo um mix de tudo .... Imagem física, educação, conhecimento, esperteza, carisma ... E por que não erotismo? Já que me deparo todos os dias com jogos de sedução. Certa vez olhei uma moça, que aos olhos de alguns não seria nada agradável, mas para mim, a imagem dela ajudando uma senhora a atravessar a rua era mais bela do que propriamente uma capa de revista masculina simplesmente parada em uma calçada. A beleza então não estaria na pessoa e sim no ato. Mas os nossos atos não são reflexos do que somos por dentro? Mas sempre soa como falso o fato de que valorizamos a beleza interna e não a externa. Ainda mais se formos verificar o mundo que vivemos, com os modelos de beleza prontos exportados pela televisão para a mente das pessoas, que nada valorizam características inatas ao homem e sim um perfil pronto de corpos sarados, peles bonitas, cabelos estonteantes e roupas caras que por sua vez nada refletem o lado interno das pessoas. Mas também não podemos culpar somente a televisão que só vende o que as pessoas querem comprar e devemos lembrar que academia não faz mal a ninguém e ajuda saúde e auto-estima. Então o que realmente refletimos para as pessoas? E justamente ai que entra nossas escolhas. Quando queremos atrais alguém, nos portamos de formas diferentes visando conquistar algo que se atrais pelo reflexo agora emitido por nós. Percebemos então que poucas pessoas sabem o que querem. Alias este é um problema corriqueiro no dia-a-dia que temos que enfrentar em uma sociedade cada vez mais exigente, com pressa e ainda por cima sem valores. Então o melhor jeito é olhar para dentro e tentar exteriorizar o que há de mais belo que existe dentro de nós. Se imagem é informação, qual informação passamos sobre nós para as pessoas quando andamos na rua, nos relacionamos com os amigos ou com a família? Ora gostaríamos de ser as estrelas da TV, ora nos sentimos magoados com o fato de não nos valorizarem pelo que realmente somos. Então temos que ter em mente quem procuramos. Procuramos semelhantes? Procuramos companheiros? Procuramos sentimentos? Procuramos sexo? A resposta parece obvio que vai do falso companheiro ao verdadeiro, sexo. Sexo é visto como a razão de tudo, quando na verdade é apenas um desfecho de um relacionamento bem resolvido, de uma relação bem resolvida. Não devemos esquecer que também temos necessidades inatas ao homem que devem ser aliviadas, mas neste caso cada um se vira como pode. A vida é muito curta para desperdiçarmos com bobagens. É louvável o auto-conhecimento pois somente assim podemos perceber quem procuramos. Não necessariamente a outra parte deve ser idêntica, muito pelo contrário, cada unidade deve ser dona de sua particularidade única e especial, mas deve haver algo que somente a nossa alma pode dizer que é igual, mesmo que esta semelhança seja imperceptível aos olhos, mas que seja visível a alma.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Só de Sacanagem

Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

Elisa Lucinda

http://www.youtube.com/watch?v=KkzLFx4b66Q

Voltando ........................

Oi!
Vou voltar a escrever o que amo escrever. A realidade da vida em formato de crônicas .... como se crônicas não fossem realidade, mas para mim gosto de ir além da realidade ou o senso comum; Gosto de pensar o dia-a-dia como a própria filosofia. hackers invadiram meu antigo blog e o destruíram, por isso não tenho mais meus posts, mas vou recomeça-lo, afinal nunca é tarde para recomeçar. Agora vou tentar introduzir elementos diferentes nas minhas crônicas, alem de reportagens e textos, vou tentar colocar musicas e filmes. Ao longo deste tempo sem escrever conheci pessoas muito interessantes que me transformaram um pouco e me deram novas visões de mundo. É sempre bom olharmos as coisas de diferentes óticas, debatermos e depois tirarmos uma conclusão. Não é satisfatório vivermos em um mundo de idéias continuadas, elas devem ser debatidas adequando-as ao nosso mundo. O continuísmo nos prende em idéias passadas e distantes da realidade que vivemos. Vamos melhorar nosso presente, nos espelhando no passado para formarmos um futuro melhor.